sexta-feira, 27 de abril de 2007

Nada tão importante qto contar uma história de interesse geral e de grande utilidade pública:


Cachaça


Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o
caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo. Não podiam
parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse.
Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por
terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou! O que
fazer agora ?
A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor.
No dia seguinte, encontraram o melado azedo (fermentado).
Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e
levaram os dois ao fogo.
Resultado: o "azedo" do melado antigo era álcool que aos poucos foi
evaporando e se formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam
constantemente, era a cachaça já formada que pingava (por isso o nome
PINGA).
Quando a pinga batia nas sua s costas marcadas com as chibatadas dos
feitores ardia muito, por isso deram o nome de "ÁGUA-ARDENTE".
Caindo em seus rostos e escorrendo até a boca, os escravos perceberam
que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. E
sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.
Hoje, como todos sabem, a AGUARDENTE é símbolo nacional !!!

História contada no Museu do Homem do Nordeste.

Saudades

Saudades de alguns professores da faculdade, quando eu vi o pessoal se formando e fazendo homenagens aos professores, logo lembrei-me de quem eu teria feito homenagens..
à professora valéria Telles, ao professor Cássio, a minha amiga Vera e a professora geilsa.
como Airson enganava essa mulher gente...
mas ela é uma pessoa e tanto, não no tamanho pra quem olha assim, de cara, mas por dentro e principalmente o cérebro. Olha que gracinha que ela tinha deixado na pasta da sala virtual pros alunos no final do período.:

VIAGEM NO TREM
Quando nascemos, ao embarcarmos nesse trem, encontramos duas pessoas que, acreditamos, farão conosco a viagem até o fim: nossos pais. Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seu carinho, proteção, amor e afeto. Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão ser especiais para nós. Embarcam nossos irmãos, amigos e amores. Muitas pessoas tomam esse trem a passeio. Outros fazem a viagem experimentando apenas tristezas. E no trem há, também, pessoas que passam de vagão a vagão, prontas para ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém sequer percebe. Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos. Isso nos obriga a fazer essa viagem separados deles. Mas, claro que isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não podemos nos assentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar. Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. Sabemos que esse trem jamais volta. Façamos, então, essa viagem, da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos os passageiros, procurando em cada um deles o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajeto poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso. Nós mesmos fraquejamos algumas vezes e, certamente, alguém nos entenderá. O grande mistério, afinal, é que não sabemos em qual parada desceremos. E fico pensando: quando eu descer desse trem sentirei saudades? Sim. Deixar meu filho viajando nele sozinho será muito triste. Separar-me de alguns amigos que nele fiz, do amor da minha vida, será para mim dolorido. Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram. E o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa. Agora, nesse momento, o trem diminui a sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas. Minha expectativa aumenta à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade... Quem entrará? Quem sairá? Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem, não só como a representação da morte, mas, também, como o término de uma história de algo que duas ou mais pessoas construíram e que, por um motivo íntimo, deixaram desmoronar. Fico feliz em perceber que certas pessoas, como nós, têm a capacidade de reconstruir para recomeçar. Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o melhor de “todos os passageiros”.
AGRADEÇO MUITO POR VOCÊ FAZER PARTE DA MINHA VIAGEM E, POR MAIS QUE NOSSOS ASSENTOS NÃO ESTEJAM LADO A LADO, COM CERTEZA O VAGÃO É O MESMO.Geilsa Valente. 12/2003.